A tristeza
que aí vai. Quanto mais se fala, se critica, se comenta, se javarda em
verborreias incontinentes, pior; só mais tristeza!
Eu resumo
o que aconteceu. Aqui há três anos morremos e fomos para o inferno. Estamos
agora a atravessar o campo de todas as expiações, vai cheia a barca e
transborda de lamentos, e nem podemos contar com o barqueiro, demos-lhe duas
moedas e cuspiu nelas.
É assim o
inferno, um cenário velho como a noite onde todos os diabos e figurantes são
eles também almas penadas.
Não nos
enganemos.
Aparece o
demónio velho rodeado da esquerdalhada
sem nome, que se diz bloco, incréu, homofilo, confuso e baralhante,
estupurador indignado, que toca tambor de guerra disfarçado de bater no peito,
que rasga as vestes mais para a orgia do caos
do que para abrir o peito – cheio de podres. Aparece o demónio velho e reúne
a escumalha, faz parte do cenário.
Morremos e
fomos para o inferno. Estamos a atravessá-lo.
Fora de
cena quem não é de cena, choremos e ranjamos os dentes, somos os actores deste
acto, a tragédia vai ser interpretada até ao fim.
JMP
ranjamos parece filme hindu...
ResponderEliminarestamos no enfer com este frio...bolas até onde chegou a crise
Bem verdade, Roethia! Até onde chegou o frio, nem a crise escapa. Deixaram a porta da aula aberta ...
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