quarta-feira, 27 de junho de 2012

Vestidos Negros



           Já aqui tinha trazido a belíssima italiana deko (á direita), leve, alta, um tanto fácil e completamente intuitiva. Hoje voltei a querer estar com ela, tê-la nas mãos e acorda-la. Encontrei-a com a robusta alemã (ao centro), a Ikonta Zeiss Icon, densa, compacta, forte, desdobra-se toda com um simples toque e mostra-se, e fascina.
Vejo-me reflectido nas lentes e nos cromados, babado, feliz, com o sentimento de posse todo desperto.
Sem pudor nem castigo, junto-lhes a inteligente japonesa, a Pentax,  saudosa de 5 anos sem contacto físico nem as intimidades que  trocamos durante anos a fio por esse mundo fora. Tenho-as às três comigo, belas, observadoras, de vestidos negros, minhas.
Não uso mais filmes, não lhes digo. Conduzo-as aos seus aposentos, deixo-as juntas; cá em casa quem usa calças sou eu.




2 comentários:

  1. Zé Maria
    É fascinante observar o carinho com que tratas essas beldades de negro. Pena que as películas já são coisa do passado. E será que alguém ainda as usa? Seja como for, conserva esse segredo contigo. Não lhes prometas aquilo que não poderás cumprir. Também não lhes digas que os filmes caíram em desuso. Sentir-se-iam muito tristes. E uma mulher triste não é uma coisa agradável de se ver. ;))
    Abraço.

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    1. Caro amigo, adorei o teu comentário. O universo consegue pulsar em qualquer frequência e não há comprimento de onda que lhe seja estranho. Para qualquer vibração que não seja natural, estamos cá nós.
      É bem verdade, uma mulher triste é um sinal muito forte.
      Abração.

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