Outro dia perdido, na casa da democracia.
Não foi para isto que aquela casa foi feita.
Não foi para espelhar a rua, não foi para inseminar as mentalidades fracas com ideias fortes e falsas. Não foi para exprimir simplesmente as constatações mais óbvias. Não foi para esgrimir indignações como se argumentos fossem.
Pelas palavras, tudo se pode: dignificar o insano e denegrir o inocente, mostrar a mais cristalina sensibilidade do criminoso e a lascívia do casto.
Pelas palavras tudo se pode, mas não será por elas que se semeia o trigo, ou se dessedenta o caído, ou se paga dívidas.
Hoje ouvi um homem a explicar o óbvio, e a seguir, o comentarista de serviço comentou o trecho como brilhante!
As palavras valem o que valem.
As palavras nunca valeram tão pouco.
(Hoje foram apresentadas e votadas na assembleia da república, duas moções de censura ao governo, por iniciativa dos dois partidos, que se mandassem, não haveria democracia)
Como alguém já disse: "Palavras levam-nas o vento".
ResponderEliminar(não gosto de políticos... sejam eles quais forem)
;)
Abraço
...e também não gostamos dos ácaros, mas temos de viver com eles.
Eliminar;)
Abraço.