terça-feira, 13 de março de 2012

Defesa do Consumidor


Acredito que a DECO-PROTESTE tem um papel importante no nosso modo de vida actual, também acredito que desempenha esse papel de forma séria e que integra nos seus quadros pessoas aptas e verdadeiramente interessadas. É por acreditar nisto que fico intrigado com o processo que utiliza para captar sócios e subscritores das suas publicações.
Esta associação, aborda com muita regularidade e por via postal, ex-associados e pessoas constantes das suas bases de dados; contra isso não tenho nada. O que me intriga é o tratamento imbecil que dá aos potenciais clientes e associados, só comparável ao processo utilizado há 30 anos pelas “Selecções do Reader’s Digest”. Estes últimos tinham pelo menos uma redactora com dotes literários que escrevia umas lindas cartas assinadas por Marta Neves (se bem me lembro), mesmo que se chamasse Rita Ferro (se não me engano).
Eles é livros de cheques-oferta, é vinhetas douradas, prateadas, vermelhas, estrelas da sorte. É raspadinhas e sorteios de automóveis, e de viagens, e  auscultadores sem fios mais um número gratuito de uma publicação e um conjunto multimédia! É só colar as vinhetas nos sítios certos, cortar os cupões pelos picotados, anexar as cadernetas e os talõezinhos, e pôr o longo n.º do nib, pois, nos quadradinhos desenhados para o efeito, claro; depois mete-se tudo no envelope “Remessa Livre”, fecha-se com a vinheta dourada e já está - mais uma despesa mensal para compor o ramalhete!  


3 comentários:

  1. Já nem me recordava dessa coisa das Selecções. Mas a comparação está PERFEITA.

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    1. Só falta mesmo a DECO começar a vender livros condensados e colectâneas de música.

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    2. Esse tipo de negócio já perdeu muito terreno. Sei disso porque já trabalhei no Círculo de Leitores há cerca de vinte e poucos anos. Uma época áurea. Os tempos agora são outros.

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