António José não tem
passado; luta para que daqui a cinco anos tenha um, mas isso não é seguro.
Como António José
não tem passado, e os ministros de Sócrates subiram nas bancadas do parlamento,
como o lodo que se cola nas bordas das selhas, pretende o PS ser visto sem o
seu passado. À força de, desde o início do plano de resgate ter negado a sua
paternidade, reivindica um manto de invisibilidade e de esquecimento.
António José só quer
eleições. O P.S. não quer António José, mas perdido e arruinado, no Portugal
que deixou à sua imagem, vai contemplando no tempo que passa com o António José
a só pedir eleições – inócuo, por enquanto.
Eleições
legislativas antecipadas, servem os interesses do António José? Servirão os
interesses do partido socialista? Mas mais importante, servem-nos a nós, Portugueses?
Agora que todos descobrimos,
que depositado o voto na urna, esgota-se nesse acto a nossa participação
democrática, que deveremos pensar de quem tanto insiste na “devolução da
palavra ao povo”? Querem lavar o passado, não é? As eleições são o ritual
purificador das asneiras que os partidos repetem. Depois dizem, castos, “o povo
já nos julgou”!
Todos estes senhores
de quem falo, saíram eles também do mesmo povo com que enchem a boca.
Isto é o que somos,
somos nós, frente a um espelho. É enervante!
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