Não foi por falta de aviso sobre os perigos de viajar no tempo. Fui-me aventurando, de cada vez um pouco mais longe, agora estou no século XI com um portátil debaixo do braço e uma câmara fotográfica, com uma teleobjectiva, ao pescoço. É uma situação desconfortável porque não me sinto nada discreto, e não estou habituado a dar nas vistas.
Nunca devia ter centrado toda a atenção em não me encontrar comigo próprio, agora estou perante mim, porque só eu me digo respeito neste mundo, e nem é assim tão difícil. Senti algum pânico ao início, mas agora estou mais interessado em ver se terei ligação wi-fi e se os registos digitais resistem aos “buracos de verme”.
Ainda ontem (ou dez séculos à frente), pensava eu que nunca deveria viajar por perto para evitar encontrar-me, ou encontrar quem pudesse vir a reconhecer-me como uma imagem do passado. O tempo de uma vida, para a frente ou para trás, provocaria em qualquer caso, mais tarde ou mais cedo, a impressão em quem me visse e conhecesse, que estava a ver coisas passadas. Eu explico: Se os meus avós se tivessem encontrado comigo em 1928, assim que eu adquiri feições de adulto teriam a sensação de me conhecer dos tempos da juventude. Se as crianças que me conhecem no meu tempo, me encontrarem com o aspecto de quarentão quando já forem velhos, terão a sensação que conheceram, em tempos, alguém muito parecido. Incomoda-me a possibilidade de me transformar num déjà-vu, quanto a encontrar-me comigo próprio penso que nos saberíamos comportar.
Exagerei, é óbvio. Arrisco-me a encontrar uma horda de muçulmanos, que lhes direi? Agradeço-lhes os benditos números de 1 a 9 e deixo-lhes a profecia mais certa que já conheceram… Compreendam a minha situação, vim parar a um mundo onde, para mim, está tudo a começar; o que não é tão diferente assim do mundo donde venho, onde está tudo por fazer.
Pode parecer estranho, tenho acesso à rede, sem fios, o telemóvel também funciona; nada disso me espanta muito. É uma questão de realidades paralelas, ou de ciclos que volteiam concêntricos. Fiz de forma estouvada aquele gesto que me arremessa no tempo, agora só tenho de compreender onde o aprendi e como moderar os ímpetos. Enquanto aqui estiver, estou seguro. Já antes estive no futuro, o que me garante que lá chegarei, porque já lá estive.
Exagerei, é óbvio. Arrisco-me a encontrar uma horda de muçulmanos, que lhes direi? Agradeço-lhes os benditos números de 1 a 9 e deixo-lhes a profecia mais certa que já conheceram… Compreendam a minha situação, vim parar a um mundo onde, para mim, está tudo a começar; o que não é tão diferente assim do mundo donde venho, onde está tudo por fazer.
Pode parecer estranho, tenho acesso à rede, sem fios, o telemóvel também funciona; nada disso me espanta muito. É uma questão de realidades paralelas, ou de ciclos que volteiam concêntricos. Fiz de forma estouvada aquele gesto que me arremessa no tempo, agora só tenho de compreender onde o aprendi e como moderar os ímpetos. Enquanto aqui estiver, estou seguro. Já antes estive no futuro, o que me garante que lá chegarei, porque já lá estive.
JMP
Continua (?)
Que loucura, Zé Maria!
ResponderEliminarEstou a ver que para além de copiar o comentário no fim de o escrever e antes de o enviar, tenho que o ir copiando.
Escrevi um montão de coisas acerca do que dizes sobre o século XI e XXI, eis senão, quando explanava sobre o ocorrido no dia 24 de Janeiro no teu post acerca de distanciamentos e telefonemas, como por artes mágicas volto ao meu blog e nem sombras do teu.
Isto assim é demais! Tens que arranjar um blogue onde eu possa entrar e sair sem problemas, já basta perder a página Web - seja lá o que isso for - vezes sem conta.
Desde o dia 24 que aqui não venho, logo hoje me havia de acontecer o mesmo.
Bom, vamos ver o que vem a seguir!
Até fico sem jeito só de pensar que tu podes achar que isto é tudo treta minha.
Com isto tudo, acabo por não te dizer nada!!
Vou benzer-me e seja o que Deus quiser.
Beijinhos, Zé Maria!
Não tenho maus pensamentos (?); uma boa benzedura não faz mal a ninguém. Deus, há-de querer o que for melhor para qualquer ocasião. Eu também tenho muitas dificuldades em entrar em alguns blogues, como por ex. o "ma-schamba"; no "delito de opinião" a maior das vezes entro mas não consigo carregar as imagens completas. A blogosfera é uma coisa gratuita mas não muito bem-tratada.
EliminarBeijo.
Aleluia!1
ResponderEliminarAgora que tinha o comment copiado é que correu tudo bem.:)))
Acho que se tirasses as palavras de verificação, o acesso seria mais facilitado. Digo eu!
Um beijo.:)
Criei o blogue, deixei grande parte das definições por defeito, as palavras de verificação foi uma delas. É uma coisa que pode ter um grande interesse (pode ser uma mais-valia :) ) nos blogues de grande difusão, mas naqueles que só recebem amigos, é uma “seca” burocrática e antipática. Já tirei. Peço desculpa. Nem queria acreditar que me estavas a dizer que devia tirar aquilo! Estás a ver aquilo de nos dizerem: - Que é isso que tens no nariz?
EliminarPronto, ninguém viu, está tudo bem; de que é que estávamos a falar?
Beijinho
:))))
ResponderEliminarO que tu gostas de brincar com as palavras!:) Farto-me de rir...
Srá que tiraste mesmo??? Já vou confirmar, mas sinceramente, não sei já do que estavamos a falar.:))
Bom fim-de-semana, Zeca!:))))
Beijinho.
E não é que tiraste mesmo? Lindo menino!!
ResponderEliminarEstive a ler a vossa conversa. O que eu me ri. Ora vamos lá confirmar se as tais palavrinhas e números de verificação ainda por aqui continuam. :))
ResponderEliminar:))))
ResponderEliminarUm grande abraço, amigo Zé.
Atão e pra mim não há nada, Luciano???
ResponderEliminarBeijinhos!!
;)
Que distracção a minha, Janita. Bem se vê que eu sou músico. eheheheheheh.
EliminarBeijinhos... atentos. ;)))