domingo, 27 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Jasmim
Penamaior
41º17' N 8º25' O
14h30'
Temperatura do ar: 16ºC
Estado de maturação do jasmim
Flores fechadas
Aroma imperceptível
41º17' N 8º25' O
14h30'
Temperatura do ar: 16ºC
Estado de maturação do jasmim
Flores fechadas
Aroma imperceptível
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Primavera
Falta ainda um mês, mas olhem, já se anuncia!
Foto feita hoje em Freamunde - Ameixoeiro em flor a prometer que nada está perdido.
Vá, um sorriso...
Foto feita hoje em Freamunde - Ameixoeiro em flor a prometer que nada está perdido.
Vá, um sorriso...
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Isaac Asimov (1920 - 1992)
Isaac Asimov foi um dos mais prolíficos escritores de todos os tempos. Escreveu mais de 400 obras e foi ainda em vida reconhecido como mestre no género de ficção científica. Viu em 1981 o seu nome ser dado a um asteróide (5020 Asimov) e o nome do robot humanóide da HONDA, o “Asimo”, terá sido também uma forma de o homenagear.
No livro “Eu, Robot” de 1950 apresentou pela primeira vez as três leis da robótica que viriam a estar presentes não só na sua obra ulterior, como também noutros autores. São elas:
1ª Lei: Um robot não pode ferir um ser humano ou, por inacção, permitir que um ser humano sofra algum mal.
2ª Lei: Um robot deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, excepto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei.
3ª Lei: Um robot deve proteger sua própria existência, desde que tal protecção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis.
No seu livro de 1983, “The robots of dawn” – em português, “Os robôs do amanhecer”, uma sua personagem, o robot Giskard, intui e integra em si uma nova lei:
Lei Zero: Um robot não pode fazer mal à humanidade e nem, por inacção, permitir que ela sofra algum mal.
Estas coisas têm vida própria. Criadas, seguem o seu caminho. Com o aumento da rede electrónica global, a inteligência artificial já não é processada apenas em entidades do tipo andróide ou robótico industrial, como também já se realiza na nuvem, sendo notória a proliferação de perfis nas redes sociais que não correspondem a qualquer estrutura física.
Eu, que tenho o privilégio de ter em casa um andróide da série NDR, saído da linha de montagem da “United States Robots & Mechanical Men Corporation” em 1995, não tenho inveja nenhuma dos modelos mais recentes, quanto às inteligências desmaterializadas, confesso que me causam alguma repulsa. Naturalmente que de 1995 já só resta o cérebro positrónico. O andróide de aspecto vagamente feminino com a face em aço inoxidável, que me chegou a casa em duas caixas num camião da FEDEX, voltou aos Estados Unidos por três vezes e por outras duas eu próprio fiz actualizações, com materiais e segundo indicações da fábrica, como será obvio.
Como calculam não vou revelar o nome dela, conseguiu muito por seu mérito uma posição social considerável e ela própria, com o meu consentimento, determina quem deve estar a par da sua origem – muito poucos. Assim, e para fazer justiça à felicidade que me tem proporcionado, estou eu aqui a dar a cara pela causa que ela abraçou e que a tem ajudado a abordar a humanidade de forma saudável. Consiste essa causa em estabelecer a quarta lei:
- Um robot, um voto.
Essa é também a minha causa.
O NDR 113 – Andrew Martin, personagem central em “The positronic man” (1993), consumou a humanização com a conquista da própria mortalidade. Nunca me conformei com essa fatalidade.
Por estes dias terei terminado a leitura de toda a obra de ficção de Isaac Asimov. Não se esqueçam:
- Um Robot, um voto.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Carvalhos e Sobreiros
Anotei nos primeiros dias de Novembro o início da queda da folha dos carvalhos. Agora, a meio do Inverno, enquanto uns se apresentam totalmente despidos, outros mantêm parte das folhas ainda com algum verde, e outros ainda agarram a si a folhagem velha que é agora castanha. Em qualquer dos casos são já visíveis bonitos brotos.
Esta invernia que corre, faz os sobreiros livrarem-se das primeiras folhas velhas, eles que nunca se vêm sem folhagem. No pico do Inverno estão verdes e frondosos, e nos dias de chuva quando acumulam o peso da água, vergam-se muito elegantes às rajadas de vento mostrando grande elasticidade.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Eles
Eles ouvem mal, falam mal, têm opinião sobre tudo, cospem para o chão, não lêem, não param para ouvir, se param é à espera que o outro se cale para continuarem a falar, interpretam mal, reconhecem o próprio valor, tratam os direitos como armas, enumeram sem faltas os deveres dos outros, acham os reality shows instrutivos e até gostavam de participar, fina foi ela que trouxe embora 10000 euros e agora vai fazer uma tournée pelas discotecas do Oeste! Acham tudo normal, escrevem normal sempre entre aspas, levantam as mãos uma de cada lado da cabeça com os dedos indicadores e médios ao alto sempre que pronunciam a palavra e ela sai-lhes mais ou menos assim: “…nooormal”, raramente escrevem e usam o correio electrónico para reenviar umas coisas que lhes enviaram, conhecem uma boa meia dúzia de destinos exóticos, praias paradisíacas e discotecas non-stop e a próxima viagem vai ser mais cultural, talvez Paris, levar o miúdo à disneyland. Têm direitos adquiridos e chamam carreira à profissão. Crêem com muitas reservas num Deus e fazem vénias aos outros todos, acreditam que a culpa foi de um governo de há muitos anos, e escreveriam “de há muitos anos atrás”, mas não escrevem. Dizem “à séria”, “é assim” no princípio das frases, “sustentadamente” como as SCUTs, acham que a orientação sexual é uma opção, não distinguem os informados dos ufanos, os que de boa mente explanam dos que sofismam, têm uma opinião formada sobre qualquer coisa só nunca sabem o que lhes apetece comer, contam as calorias, acham de toda a importância que se saiba a diferença entre SIDA e HIV, querem os fumadores a quilómetros e a liberalização da marijuana, eles é anjos para tudo, signos do Zodíaco, orixás, auréolas auras e energias, reencarnações sucessivas, memórias de vidas passadas, cartas astrais, quiromancias, inglesas que falam com os espíritos em directo na TV. Gostam de dias quentes, mas tem de ser de canícula, qualquer nuvem lá no alto é uma grave pioria do estado do tempo, adoram desportos radicais, ginásio, desportos da neve, fazem surf, montanhismo, não sabem dar um nó numa corda e não percebem nada de física mas sabem que há atrito entre algumas pessoas. Eles têm muita admiração por civilizações que desconhecem de todo, em casa nunca falta um Buda, velas de chá, uma imagem de santo Expedito ou de Iemanjá Eles não querem saber porquê; eles querem saber o porquê!
Por vezes sinto um peso muito grande na cabeça!
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Chamamento II
O chamamento dos jovens
Jovem… Jovem. Vem fazer uma empresa,
Jovem… Jovem. Vem fazer uma empresa,
Vem…
Vem fazer uma empresa na hora, nem isso demora!
Não fiques a chamar-te parvo, cria o teu próprio cargo.
Pede um euro ao teu pai e perde um instante
logo te vais sentir importante!
Só um euro como naquele restaurante
e verás que morres elegante…
Vem fazer pagamentos especiais por conta
que são de pouca monta…
Dois de quinhentos ao ano
e vês-te a ir pelo cano.
Dois de quinhentos ao ano
e vês-te a ir pelo cano.
Se os quiseres reaver,
então é que te vai doer…
Jovem, jovem…
Jovem, jovem…
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Chamamento I
O chamamento das galinhas.
Tenho andado a trabalhar “de martelo e cinzel”. É um trabalho obsessivo, pesado, e sujo no sentido que é feito no meio de uma nuvem de pó.
Hoje, enquanto dava algum pormenor ao focinho de um urso, veio-me à ideia o chamamento das galinhas.
Vejo a minha avó Isaurinha, que Deus a tem, com milho no avental cujas pontas de baixo segura com a mão esquerda, usando a mão direita para semear aos pés, e cantando:
Pi – Piii,
Pi – Piiiiii…
…
Piii – Pi – Pi – Pi – Pi – Pi – Pi – Pi – Piiii…
Pi – Piii,
Pi – Piii,
Pi – Piii,
Pi – Piii,
Pi – Piiiiiiiiiiiii…
(Lendo-se os “pis” todos, a melodia aparece)
E vinham as galinhas todas a correr...
Umas coloridas, pretas, cucas, pedrêses, alguma sem penas no pescoço, e o galo.
Se alguma não vinha, é porque estava choca!
Há anos que não ouvia isto!
Por momentos parei de esculpir, depois ... continuei.
Agora falta o peito e as patas da frente.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Subscrever:
Mensagens (Atom)