quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Hosana
Deus que tudo dá, também dá santos para
incréus.
Hosana nas alturas.
(Nunca deixei de ter em mente o Nelson Mandela quando escrevi isto. Ninguém há-de prender a atavismo nenhum um Homem livre; muito menos depois de morto,
Hosana nas alturas)
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Problemática dos Papagaios
Compreendo se me disserem que o momento
mais marcante na vida de um papagaio é a longa viagem desde a América do Sul. O
simples homem da rua ao ver a ave palradora presa por uma pata a um curto
cadeado, pensará naturalmente na tormentosa viagem da magnífica criatura,
dentro de um caixote de madeira no fundo do porão escuro de um navio cargueiro.
Nada mais despropositado; são ideias que as pessoas criam nos seus insondáveis
cérebros.
A primeira imagem que retenho depois de
ter saído da casca, e creiam que estou a ser literal, é de um tipo de barba
hirsuta, a fumar um cigarro (?) enrolado à mão. A ideia é vaga mas consigo
distinguir nesta velha memória uma lâmpada incandescente por cima e uma cama de
algodão em rama por baixo; à minha frente o tipo olha para mim e diz, respira
puto, e já tinha nas mãos outro ovo rachado para ajudar a descascar. Tenho
também uma memória auditiva de música tipo hard-rock, em que se canta ao ritmo
das baforadas do que sei hoje ser um charro, inhale…, exhale…, inhale…, exhale...
Mais tarde descobri tratar-se dos Rollins Band. Volto muitas vezes aos Rollins
puxado por “Wrong Man”.
Aqui, onde me encontro, limitado ao
comprimento do guito que me ataram ao tornozelo, dou muitas vezes por mim a
imaginar-me no que seria o meu meio natural e rodeado por um monte de tipos
como eu - demolidor. A simples ideia da
minha imagem repetida, eu aqui e ali, e ali também, todos a fazer o mesmo saracotear
e a deixar cair guano e cascas de sementes choca-me ao ponto de largar um som
daqueles que não estão classificados como linguagem e que eu disfarço com
simulado pigarro. Isso sim, é o que marca de forma indelével a vida de um
papagaio, saber que poderia ser só mais um no meio de ninguém sabe quantos, sem
anilha, sem prato de sementes, sem aulas de expressão vocal, sem um alpendre
nem tão pouco um guito.
O acto da minha abdução, ainda na forma
oval, no meio da infindável selva, pode ter ficado registado. Juntamente com
essas santas criaturas que abduzem ovos, outras há que as acompanham e filmam
tudo. Pelo mesmo processo que os papagaios aparecem no mundo civilizado,
aparecem também filmes que são vendidos não muito longe de onde se vendem
papagaios.
Ainda um dia hei-de encontrar o sentido
disto. Assim que aprender a falar, a falar mesmo, vai ser mais fácil.
Imagem daqui
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
so long...
Come over to the window, my little darling,
I'd like to try to read your palm.
I used to think I was some kind of Gypsy boy
Before I let you take me home.
Now so long, Marianne, it's time that we began
To laugh and cry and cry and laugh about it all again.
Well you know that I love to live with you,
But you make me forget so very much.
I forget to pray for the angels
And then the angels forget to pray for us.
Now so long, Marianne, it's time that we began ...
We met when we were almost young
Deep in the green lilac park.
You held on to me like I was a crucifix,
As we went kneeling through the dark.
Oh so long, Marianne, it's time that we began ...
Your letters they all say that you're beside me now.
Then why do I feel alone?
I'm standing on a ledge and your fine spider web
Is fastening my ankle to a stone.
Now so long, Marianne, it's time that we began ...
For now I need your hidden love.
I'm cold as a new razor blade.
You left when I told you I was curious,
I never said that I was brave.
Oh so long, Marianne, it's time that we began ...
Oh, you are really such a pretty one.
I see you've gone and changed your name again.
And just when I climbed this whole mountainside,
To wash my eyelids in the rain!
Oh so long, Marianne, it's time that we began
I'd like to try to read your palm.
I used to think I was some kind of Gypsy boy
Before I let you take me home.
Now so long, Marianne, it's time that we began
To laugh and cry and cry and laugh about it all again.
Well you know that I love to live with you,
But you make me forget so very much.
I forget to pray for the angels
And then the angels forget to pray for us.
Now so long, Marianne, it's time that we began ...
We met when we were almost young
Deep in the green lilac park.
You held on to me like I was a crucifix,
As we went kneeling through the dark.
Oh so long, Marianne, it's time that we began ...
Your letters they all say that you're beside me now.
Then why do I feel alone?
I'm standing on a ledge and your fine spider web
Is fastening my ankle to a stone.
Now so long, Marianne, it's time that we began ...
For now I need your hidden love.
I'm cold as a new razor blade.
You left when I told you I was curious,
I never said that I was brave.
Oh so long, Marianne, it's time that we began ...
Oh, you are really such a pretty one.
I see you've gone and changed your name again.
And just when I climbed this whole mountainside,
To wash my eyelids in the rain!
Oh so long, Marianne, it's time that we began
Songwriters: COHEN, LEONARD
(from the album 'SONGS OF
LEONARD COHEN')
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