quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ler o Mundo


Em 1942, a distância do solo português às bombas que caíam um pouco por todo o mundo, aliada à fome que se distribuía muito melhor, trouxe-nos uma exposição acrescida à difusão de discursos politizados e interessados disfarçados de exposições claras ou francos relatos. Por essa altura nem se pensava em televisão e a rádio em português tinha a mesma idade do conflito. Os aparelhos de telefonia eram caros e raros, a imprensa escrita corria de forma contida só em meio urbano, e saber ler era quase tudo quanto suficiente para se escapar ao patamar de “ignorante”. Nessas circunstâncias a comunicação panfletária, no sentido de baseada em panfletos, foi rainha – o sentido pejorativo veio em consequência.
Quem em 1942 quisesse fazer a história da guerra que começara em 1938 e que só viria a acabar em 1945, teria com certeza feito uma torpe história. Da mesma forma, quem em 2012 queira fazer a história da crise da economia deflagrada em 2008 e que não se sabe quando terminará, fará de certeza uma história torpe.
            O que tenho tentado fazer com estes últimos postais, centrados em documentos da segunda guerra mundial, é mostrar como precisamos de ter o sentido crítico sempre pronto. Então, como agora, a insídia mistura-se com a informação e má-fé com a simples defesa de convicções.
            Não vou entregar o meu blogue a este tema. Criei uma nova página intitulada 2.ª Guerra, onde postarei imagens e documentos originais da época. Por agora fico por aqui.

Sem comentários:

Enviar um comentário