segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Quantos são?



… não passou para sete, não passou para oito, não não, também não passou para nove; nem para nove nem para dez! Também não passou para onze.
Está em doooooozeeee!
Está em doze meus senhores, são dooooozeee e são o-bri-ga-tóóó-rios; é pró menino e prá menina, são dozeeeeee, é obrigatório…
... não os tem? Oh meu senhor, que idade tem? … vamos-lhe arranjar qualquer coisinha… cheguem à frente, quem manda pode, e diz que são doze!
Se não tem os doze, não vai poder receber aquele subsídio que foi cortado a semana passada, e como é que vai arranjar emprego?
Como é que vai arranjar emprego?

Assim como assim é sempre bom saber ler, e escrever qualquer coisita.
Ao fim dos doze, estão uns homens, e umas mulheres!
...


 

5 comentários:

  1. Pois é...quantos são, quantos são? Continua a representar um desafio! Que ao menos cheguem a aprender a escrever, segundo o novo Acordo Ortográfico, fica difícil...:)

    Que belas fotos de Família tens lá na tua Galeria fotográfica, Zé Maria!
    Ainda tenho de lá ir bisbilhotar mais um bocado...
    A da televisão, está um espanto!

    Beijinho.

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    1. Obrigado pela visita. À medida que vou digitalizando, retocando e recuperando fotos, vou pondo para ali juntamente com alguns dados históricos. Para mim vai servindo como um auxiliar de memória e organizador do passado. As fotos antigas eram feitas com velocidades mais baixas e com iluminações menos duras. As películas tinham menos sensibilidade e davam lugar a isso tudo - as pessoas aparecem como espectros e os lugares como projecções... Com um pouco de nostalgia à mistura, surte um efeito de "contacto".
      Beijo

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  2. Não me surpreenderia mesmo nada que esse número 12 evoluísse futuramente para 24 ou até 48 anos. Antevejo o fim de muitos empregos que ainda teimam em marcar o seu lugar na sociedade laboral. O estudo "prolongadíssimo" colmatará o problema do desemprego. O estatuto de "Estudante" passará a ser considerado como profissão de futuro com fortes perspectivas. Agora só falta descobrir como torná-lo rentável para todos. ;)))
    Abraço

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    1. Essa imagem que traças é bem profunda, quase profética. Penso que um dia virei a escrever algo baseado nessa ideia. O fim poderá ser qualquer coisa como:
      “ … com os primeiros frios e o cair da folha, morre-se muito. Os sinos não param de dobrar – hoje tocam pela terceira vez, e com o cair da noite não voltarão a tocar, não tocam de noite. Pela manhã logo se verá. Nos bancos da escola, os vazios, provocam temor; a professora não faz a chamada, esquece-se, evita o esgar nervoso nas caras dos velhotes.”

      Abraço

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    2. Um epílogo genial, meu caro! Genial! ;))))
      Um grande abraço!

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