quarta-feira, 30 de março de 2011

Do arco da velha 1

      O fado do pucho, de Neca Rafael
      e uma história "de faca e alguidar"

    
      Verdadeiras histórias do ceguinho,
      tudo devidamente visado pela censura.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Jasmim, 28 de Março

     Penamaior
     41º17' Norte   8º25' Oeste
     12h45'
     temperatura do ar 13ºC

          Estado de maturação do jasmim


     Reaparecimento de tom rosado em zonas dispersas
     Várias flores abertas
     Aroma forte na envolvência

domingo, 27 de março de 2011

Potato farm

Sócrates continuará à frente do PS - Mais uma grande vitória, para ele,
e para o seu grande ego...



Batatas, batatas, mais batatas, sempre batatas...
Potato’s speech

sábado, 26 de março de 2011

Jasmim, 26 de Março

     Penamaior
     41º17' Norte   8º25' Oeste
     12h15'
     temperatura do ar 13ºC

          Estado de maturação do jasmim



     Observada a 1ª flor aberta
     Aroma claramente perceptível na proximidade da flor aberta

sexta-feira, 25 de março de 2011

Jasmim, 25 de Março

     Penamaior
     41º17' Norte     8º25' Oeste
     07h15'
     temperatura do ar 14ºC

          Estado de maturação do jasmim


     Desaparecimento da coloração rosada das flores que voltam a ser brancas
     Flores com grande alongamento - cerca do triplo do observado em 13 Mar.
     Aroma imperceptível

  

quarta-feira, 23 de março de 2011

Palavras

O dia de hoje está cheio de palavras. Tantas, tantas…
Deve-se passar alguma coisa na assembleia da república; até lá estão dois ou três ministros!
Noto que eles têm lugares marcados mas isso já eu tinha na escola.
Os discursos são uns atrás dos outros e também há palavras que se soltam dispersas daqui e dali. Há uma palavra nova que é repetida muitas vezes, pec. Soa como pec, pec, pec… este pec, o anterior pec, os peques, pec, pec, pec… nós rejeitamos o pec, o pec destes e o pec daqueles, o um, o dois, o três, este, o próximo? Mais, começo a perceber que essa coisa vai a votos.
Cada pec é sempre o último… até ao próximo…pec, pec,pec.
Pelo tom, este é o último – o chamado bode expiatório, por causa de alguns pagam todos!
Não sei o que este fez, mas deu-se mal.
Há uma senhora que diz que o país precisa de esquerda e um senhor que diz que precisamos de mudar estruturalmente o estado… e continua, mudar isto e mudar aquilo e aquilo também… e mudar o governo!
Veio um senhor dizer que o governo fez tudo bem – fico descansado, até vou jantar melhor.
Que se dane o pec.

terça-feira, 22 de março de 2011

sexta-feira, 18 de março de 2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

Eleitor determinante

Há um tipo de eleitor percentualmente minoritário e que tem ganho eleições.
Vêem-se muito nos fóruns de opinião, expressam-se com denodada frontalidade e fazem-se crer convencidos que se movem por razões brotadas da própria consciência, mas a todo o momento denunciam obediência cega a razão alheia.
É o português que diz não ser do PS, que afirma ser do PSD, até, que diz que votou PS, ou omite, e prossegue verberando contra os críticos do governo e repercutindo as frases fundamentais da defesa de Sócrates que me coíbo de reproduzir. Nunca deixam de referir a pretensa voracidade do PSD pelo poder, de mostrar apreço pelo desempenho do primeiro-ministro e até alguma compaixão!
Esse eleitor tipo, constitui fundamentalmente o que se chama de “eleitorado flutuante”, que convencido pela torrente de subsídios copiosamente engendrados pelo partido da rosa , o tem privilegiado nas legislativas.
Pela linguagem que utilizam denotam geralmente falta de habilitações literárias, pouca familiaridade com o debate e discussão de ideias e más relações com a leitura – pouco e mal informados, portanto. Logo, susceptíveis à demagogia e facilmente instrumentalizáveis.
Convencem-se pela vitimização e compram-se com benefícios directos.
Calculo, que o designado eleitorado flutuante coincida em grande medida com a massa telespectadora dos “reality shows”. Não com toda essa massa, mas com aquela parte activa nos votos por chamadas de valor acrescentado, e que acaba por vitoriar o participante mais “coitadinho”.
É nas mãos dessa componente do eleitorado que o país tem estado, a ela devendo em parte a situação em que se encontra.
Nas próximas legislativas, um dia, promessas não haverá. Para onde navegarão os flutuantes?
Sulcarão a esteira da vitimização de Sócrates, ou a da vitimização deles próprios, coitadinhos!

segunda-feira, 14 de março de 2011

PEC

PEC, + 1

Temos um novo PEC entregue em Bruxelas por José Sócrates.
Dele, não deu prévio conhecimento ao Presidente da República, nem aos partidos da oposição, nem aos parceiros sociais, tão pouco o levou a conselho de ministros.
Há uns meses, durante a campanha para as últimas legislativas, Manuela Ferreira Leite no seu natural falar verdade – não era só um slogan – disse em directo e em improviso que melhor seria suspender a democracia por seis meses, pôr tudo em ordem e depois retomá-la.
Oh! O que ela foi dizer! Já não lhe chegava não ser muito bonita nem ser jovem, ainda por cima se atreveu a deixar os “rodriguinhos” na gaveta e disse sem peias o que lhe veio da alma.
- Grande erro Dr.ª MFL. Perdeu as eleições e foi bem feito. Portugal é um país da frente, com o socialismo plasmado na constituição. Para que foi meter a alma nisto? Portugal merece políticos com jeito para a política, como…, como José Sócrates.
Meses volvidos, o mesmo Sócrates veio confirmar que a política é uma arte da qual ele percebe bem. Ficou-lhe na ideia a tal da suspensão da democracia e vai daí, zás, suspendeu-a!
Fez de uma verdade uma mentira.
Está suspensa, pronto.
Agora vamos ver se vai ser retomada, quando e como!  

domingo, 13 de março de 2011

Jasmim, 13 de Março

Penamaior
41º17' Norte   8º25' Oeste
11h33'
temperatura do ar 15ºC

     Estado de maturação do jasmim


     flores mais alongadas com alguma coloração
     aroma imperceptível

sexta-feira, 11 de março de 2011

Emplastro




A crise social que estamos a criar, perdurará para além da calamidade económica também criada por nós e que já está crescidota.
Esta geração à rasca, porque está mesmo à rasca, vai ter dificuldades em fazer-se ouvir no meio da vozearia que impera.
Quem lhes veio à frente, transformou todos os recursos em luxos, gadgets, viagens, fachada e culto da ignorância. Enquanto isso educava-os como animais de estimação. Esta geração que agora se diz à rasca, está mesmo à rasca e não é por tudo estar mal à volta que a situação dela melhora.
Agora porque está tudo tão mal, não há uma classe social, uma classe etária, profissional ou até politica que os entenda. Quando todos se identificam com a causa, ela simplesmente se dissolve, e quando os partidos se colam ao seu esforço de expressão o que resta é a imagem do emplastro, que deve ser dos poucos a acalentar sonhos.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Esta coisa má que nos aconteceu




Ouço o Sérgio Sousa Pinto dizer que “…fomos arrastados para esta zona de turbulência que não é da nossa responsabilidade…” – Corredor do Poder na RTP1 de 3 de Março – e continua: “…isto não é um problema português, é um problema sistémico e europeu…”, e ainda antes de notar que repete mecanicamente os chavões do sistema, ou a ladainha de Sócrates, noto que o tema glosado não combina com o personagem. Está de fato escuro, gravata discreta, tem barba, não tem óculos e também não tem o ridículo anel no dedo mindinho. Mesmo assim não combina. Quando ainda tinha a cara cheia de acne e defendia a despenalização do aborto, leis para a união de facto como o casamento, sem ser casamento, e casamento para as pessoas do mesmo sexo, combinava melhor. Agora, da acne só tem as marcas mas todas aquelas ideias parvas estão lavradas em letra de lei. Há mais coisas lavradas e gravadas, como essa moral vigente de que tudo o que rompe com a tradição é progresso, de que o papaguear é falar bem, de que quem tem razão é o mais zombeteiro, no fim de contas, disto, que se materializa na eleição sucessiva desta equipa de loucos. Outra vez, há uns meses no mesmo programa, quando trouxe o anel no dedo mindinho estava de fato branco sem gravata, camisa clara aberta, com a barba feita e óculos de aros pretos de massa como o Peter Parker. Agora que só luta pela adopção de crianças pelos casais gay, praticamente sobra-lhe o lugarzito na equipa de repetidores oficiais. Nem precisa de se vestir de Maria Antonieta para não ter vergonha de, num dia consentir que Sócrates pôde despejar dinheiro sobre a nossa economia, em 2009, porque tinha anteriormente posto as contas em ordem, noutro, dizer que isto não é um problema português. Assim que conseguir a adopção das crianças, poderá talvez propor a extinção da distinção de género. Quando também isso estiver em letra de lei, perguntem-me porque sou politicamente incorrecto.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Alegoria da mesa


Há alguns anos, fins dos 90 quando o futuro ia trazer tudo de bom, olhei para a frente e senti um certo desconforto. Nesse estado de reflexão, criei a “alegoria da mesa”. Servia-me dessa alegoria para ilustrar a minha descrença no caminho que se trilhava – a economia baseada no crescimento galopante e contínuo, massificação das licenciaturas, constrangimentos á produção, dependência das importações, destruição da agricultura e pescas e todo esse rol de desvarios que de 2011 olhando para trás se vê, mas que nessa altura poucos viam.
Consistia a alegoria da mesa, em convidar o meu interlocutor a fazer comigo o seguinte exercício: de forma virtual colocar sobre uma mesa tudo aquilo que tinha consumido ao longo do dia, olhar para tudo aquilo e avaliar se o trabalho que tinha desempenhado nesse dia, seria suficiente para compensar todo aquele consumo,
Era meu intuito demonstrar o gasto acima das possibilidades que então se instalava em quase toda a sociedade. Confesso que nunca fui muito bem sucedido – a maior parte das pessoas estava geralmente muito ocupada a consumir. O ambiente era de EXPO, o governo multiplicava-se em obra e promessas, e ainda se acreditava na competência de quem governava.
Nos dias que correm não uso a minha alegoria para nada. Para começar, não sei se o que a pessoa com quem falo vai pôr na mesa será suficiente para subsistir! Umas vezes teria pena, outras, medo por ela.
De mais a mais a minha alegoria nunca funcionou.

sábado, 5 de março de 2011

Livros

Livros, leitura, bibliotecas…
Está interessado neste tema?
Conheço alguém que lhe poderá falar muito à vontade sobre o assunto.
Então, sem receio, um clic aqui ao lado no link de “ABRUPTO”, de José Pacheco Pereira
Leia "Costumes dos antigos", mais um excelente texto do mestre

Margarida


          Amiga desde há 8 anos
          Sentinela atenta
          Implacável executora de musaranhos
          Gata de poucos mios e de muito colo.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Jasmim, 3 de Março

Penamaior
41º17' Norte  8º25' Oeste
08h15'
temperatura do ar 15ºC

          Estado de maturação do jasmim


          flores mais encorpadas, ainda fechadas
          aroma imperceptível

terça-feira, 1 de março de 2011

treze

13 anos (treze)

Treze!
Eu gosto é de prosa, de prosa poética. Queria fazer para vos dar, uma coisa que vos agradasse.
Mas como posso eu com este 13? Se eu não compreender este mundo, de que falarei eu? O que verei quando me vir ao espelho?
Deduziram acusação ao fim de treze anos. Contra o principal suspeito. Contra o praticamente único suspeito. A procuradora fala em “reinvestigação”, em “solidificação dos indícios”. E eu pergunto-me sobre a sublimação da competência, as duas possíveis leituras; a da passagem directa do estado sólido ao estado gasoso, e a de se tornar-se simplesmente sublime (elevada, excelsa, eminente, eloquente…)
Vem o Sr. Bastonário e diz que o ministério público tem de se explicar; vem a procuradora e diz que se o Sr. Juiz quiser pode dizer alguma coisa, mas logo ali, avança que não há factos novos – que são os mesmos de há treze anos, agora reolhou-se e, e viu-se!
Sinto uma pressão nas têmporas e aquela sensação que vou sangrar pelo nariz…
Não me revejo a escrever estas coisas.
Eu gosto é das estações do ano, do grande ciclo que tudo regenera, gosto dos trovões, gosto da primavera. Mas, como posso eu olhar pela janela, este sobreiro aqui tão perto, não o vejo! Treze! Fica-me o zeeee do treze a repercutir no ouvido…
Depois vem um Sr. Responsável da polícia e diz qualquer coisa como que a distancia dos factos permitiu uma visão da coisa…
O aumento da pressão arterial pode também provocar estes zunidos, mas … não, este zeeeeeee… este zeeeeeeeee é do treze.